O vago
Na vida, perdi-me no tempo e me
confundi com seu querer, agora não sei muito bem o que sou,
o que desejo, aliás sei muito bem
o que desejo.
Nessa pequena estrada, quem se
perdeu foi você, não fui eu. Você foi se perdendo de mim. Não decidiu, não
quis, não tentou, se iludiu no nada do teu egoísmo.
Eu sou o amor machucado do teu
medo, o amor sentido da tua liberdade ingênua.
Eu sou o amor que voa, ainda sem
rumo, sem sentido, com tuas lembranças, com teus sentidos.
Eu sou o amor imperfeito mais
belo, sou a dor mais leve e força mais frágil.
Eu sou o amor que agora vaga, voa
e não pousa.
Texto: Helen Dayane Alencar
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