sexta-feira, 16 de maio de 2014







 O vago

Na vida, perdi-me no tempo e me confundi com seu querer, agora não sei muito bem o que sou,
o que desejo, aliás sei muito bem o que desejo. 

Nessa pequena estrada, quem se perdeu foi você, não fui eu. Você foi se perdendo de mim. Não decidiu, não quis, não tentou, se iludiu no nada do teu egoísmo.

Eu sou o amor machucado do teu medo, o amor sentido da tua liberdade ingênua. 

Eu sou o amor que voa, ainda sem rumo, sem sentido, com tuas lembranças, com teus sentidos.

Eu sou o amor imperfeito mais belo, sou a dor mais leve e força mais frágil.

Eu sou o amor que agora vaga, voa e não pousa.


Texto: Helen Dayane Alencar

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