Os ventos favorecem com o cheiro que chega nesta manhã. Não são as manhãs de Setembro, é apenas mais uma manhã de Março.
Os reflexos dos sonhos tomam vida e não permitem que a alma fique em paz. Deixando-a inquieta. O grito silencioso se desfaz pouco a pouco sumindo no eco da imaginação e perdendo-se no tempo.
As roupas de núpcias amareladas descansam em um canto qualquer tendo como companhia as horas... o tempo... as traças.
Como uma visão no deserto, que vai ficando turva e some com os ventos ao norte.
Aquela velha casa de janelas azuis e rede amarela na varanda existe, em outro mundo, em outra dimensão e as forças Superiores e maiores me transportará para lá e sentirei o gosto da fruta colhida no pomar e você me abraçar.
Texto: Helen Dayane Alencar