segunda-feira, 13 de outubro de 2014




 Pequeno Instante



Por um momento adormecida da dor, as horas passam, as memórias ficam.
O desejo incontrolável de ouvir tua voz mais uma vez invade, mas, minhas mãos
tremulas não movem do travesseiro.
A vontade de ser uma verdade  real é frustrante. O vago no tempo que ocupa cada
segundo agora é essa verdade. O desejo de voar se torna tão efêmero como uma linha 
tênue entre vc e eu.
O corpo encolhido traduz a alma curvada no egoísmo da própria dor e do ser insignificante que sou eu.

Texto: Helen Dayane Alencar









O amor chora


O silencio invade e grita o mais alto que pode em suas poucas forças restantes.

Rasga o consciente, sangra cada sonho e esperança sentida.  A dor fina e aguda que torna o corpo inerte, é a alma que não suporta mais e o físico sente o que por dentro rasga e chora, sente, grita e cala.  É o amor implorando para ser cuidado, é o cuidado pedindo para ser amado.


Certo Galileu contou em suas estórias que os cachorrinhos comiam das migalhas das mesas de seus donos. O amor pede apenas um olhar de sua amada. 


A lágrima paralisa nas cordas vocais e o som da música dá espaço ao eco da canção. O céu azul parece sem cor, à poesia penetra como estaca fina e adormece de tanta dor. 


No pensamento apenas imagens de pequenos instantes, mas de intensos sentidos.

Texto: Helen Dayane Alencar




Teus pés... Meus pés
Preciso dos teu pés para me conduzir.  Preciso dos teus pés para me levarem ao mar, ver o Por do sol e colocar nossa música preferida. Necessito dos teus pés descendo em minhas coxas, roçando em minhas pernas e massageando os meus pés... Esquentando-os. Deixe os teus pés conduzirem os meus e me ensinar como se fosse a primeira vez o andar na trilha do fascínio do beijo, do abraço e do amor. 
 Preciso dos teus pés que conduz o teu corpo ao meu e se forma um só no abraço envolvente, no beijo quente, no sexo que deixa vontade de voltar. Preciso dos teus pés que simplesmente te coloca diante de mim e me olha, e se perde, e eu te acho, te encontro, te assumo .
 
Texto: Helen Dayane