Digitais
Os dias vão passando as marcas não saem. Como arrancar-las da alma?
Na madrugada rolo de um lado para o outro, a dor consome, o corpo
dolorido, a as marcas permanecem. a luz tenta iluminar
a solidão que destrói. O cheiro da liberdade adentra meu quarto,
inunda minha capacidade de entendimento, e traz suas digitais em mim.
Como tinta seca, assim está você em meu ser.
Não tem tíner que remova...!
Cada parte do meu corpo foi tatuado por tuas mãos, tua boca, seu jeito.
Cada parte de mim revela você, denuncia somente a você.
O risco é todo seu, não meu!
Se existe alguém que queira te decifrar, olhe para mim. Te leia em mim.
Siga teus rastros em meu corpo e na minha alma suas ações.
No fim desse percurso não irá saber mais quem é você e quem sou eu.
A mistura de um mesmo Ser confundirá a mente de quem arriscar a ler.
E na confusão de mim e de você encontrará uma só alma.
Texto: Helen Dayane Alencar
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