quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O Deserto

Dilacera a alma, chora o peito!
Entra pra dentro do teu ego e grita tua dor!
Rasga o pranto, seca teu canto!
Não estanca o sangue vivo da ferida,
E quando o rio de dor quizer fazer ceder as bases do Ser, deixe-o ir para o mar do tempo...
Tudo acaba no mar... tudo desagua no mar...tudo morre no seio do mar...
Permita que a enchente da ira devaste tudo! e deixe que a chuva lave os restos e carregue seus vestígios.
Quando amanhancer deixe os raios de sol começar a iluminar o vazio... o sol vai secar toda devastação...
Isso se chama TEMPO!
Só o tempo faz moldar o barro que a tempestade não conseguiu carregar.


Texto: Helen Dayane Alencar 
Imagem: Rio de Janeiro - Niterói






Um comentário:

  1. acompanho seus textos e admiro sua capacidade de sentir os sentimentos mais profundos. parabens! alma de poeta sofre, sangra, morre de amor, explode de alegria e renasce a cada aurora. vc é assim: sente tudo muito intensamente.

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